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Mostrando postagens de abril, 2017

MERECIMENTO

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É PRECISO MERECER.... Merecimento Sei que merecia ser feliz Ser feliz tem merecer? Será que posso exigir ser assim Sei que em tudo que fiz digno não fui Por que cobrar o que em direito Em minha vida não plantei Colher um fruto que não cultivei Sempre quando um sorriso nasce Uma lágrima em algum lugar desce uma face Quantos amores desprezei sem querer Vi partir sem me importar Por que não ser sincero agora Se essa dôr que sinto tão doída assim Procurar, procurei encontrar Sim, sozinho estou agora Amar não quero hoje não Não desejo de novo Nenhuma outra lágrima roubar Se amor não sei retribuir Melhor só Que magoando alguém Que culpa nenhuma tem E só amor me dedicou A essas pessoas Meu Mais sincero pedido de perdão... (Somos eternamente responsáveis por quem cativamos) © Rubens Garcia 2017

AUSENTES

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Quanto nos vale a dor dos ausentes Esse chorar latente pelos que partiram Olhares desencontrados na multidão Mãos soltas em desunião Laços rompidos, promessa desfeita De juras feita Despetalar de flores Na estação de um querer Um ultimo trem partiu Na fumaça sumiu Um caminhar agora lento Antes uma busca Agora em esquecimento Que antes fora um momento Quanto de alguém é consumido Por um bem querer perdido O que fica Objetos, palavras, saudades Os mesmos lugares Agora desconhecidas paisagens Incompletas mensagens Se somos a soma do que de nós ficou Cada pedaço separado e desunido Onde mora o sorriso a lágrima é intrusa O amor dos que estão presentes, flores jovens crescendo Que floresçam lindas Que reúnam pedaços de uma fé Que reconstruam o peito Os dias passam As sensações se multiplicam As partes que se juntam ao todo Porem O que se amou O vento levou Estas coisas não irão mais voltar Pedaços que não irão mais se juntar E falta farão Uma pequena f

MEU CORPO QUER O TEU...

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Hoje meu corpo queria o teu nele Não buscando o mais belo pois O teu é perfeito demais para mim Não buscando perfume caro e famoso Teu cheiro me entorpece e vicia Não buscando quantidade, variedade, nomes Pois sendo uma só, vale por todas as outras Hoje meu coração no compasso do teu queria Batida por batida em ritmo único e real E em cada carinho que um coração agita Aceleraria tal qual o seu e meu sorriso Brotaria em êxtase inimaginável e vivo Amor enfim verdadeiro acontecer de fato Hoje teu abraço é um laço apertado Que feliz prisioneiro eu sou No teu lado amarrado sem cordas Preso e sem portas trancadas Onde ficar eu quero e fugir poderia Mas aqui quero permanecer, preso em escolha Com meu corpo que hoje e sempre Quer o teu colado e satisfeito nele E feliz é por aqui estar Te amando..... (Um dia, em qualquer esquina, rua, ônibus, bar, igreja, facebook, whattsup, trabalho, ou sem querer....eu vou te conhecer....). ©Rubens Garcia 2017

DESPEDIDAS....

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Não há dor maior Tua lágrima na ponta de meus dedos Teu abraço saindo devagar Teu beijo ainda fazendo sabor Ardor em meus lábios Um frio que chegou Você se afastando lentamente Queria te prender, reter, não podia Te amava, te libertaria Deixaria ir Era tua escolha, não minha Querias de volta tua vida Eu lhe dei minha ausência Se já não querias minha presença Meu sorriso não queria Pelas ruas te veria Meu coração doeria Minha saudade chegaria Mas..... Não haveria dor maior Que prender-te a mim Se é o que não queria Vá então Prometa-me ser feliz Prometa-me se cuidar Prometa-me me esquecer Se na sua vida não fui a razão de tua felicidade Que eu nunca seja a razão de tua lágrima Pois assim Eu morreria.... © Rubens Garcia 2017

ELES NÃO VENCERAM...

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A mais linda História foi Contigo vivi esse sonho louco Querermos ser felizes contra tudo e todos Diziam, fofocavam, ofendiam, não nos aceitavam Nossa vida não é deles sei Nosso sonho por eles não foi vivido Mas....eles venceram Nos veem agora separados Tuas faces sorriem em triste alegria Roubaram de nós essa felicidade Está que nunca terão Assim nascia a inveja que destilavam Mas.... Não podem matar essa saudade Não podem impedir nossos olhos de se verem Não podem prender nosso sorriso Em se encontrar de novo Em disfarçadamente tocarmos as mãos E sairmos felizes Tudo valeu E para sempre valerá Pois.... Tuas maldades separaram nossos corpos Tuas invejas sufocaram nosso beijo Mas nunca, nunca força terão Para separar nossos corações Que sempre baterão num ritmo único Que nunca poderão silenciar. ©Rubens Garcia 2017

FENIX

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De mim venho Navego Afloro-me Da semente nascida frondosa arvore Das flores nascidos os frutos De mim , liberto-me Nasço e renasço De mim Saio eu Renascido Remodelado Convenço-me a lutar Recriar a mim Renascer-me Outrorá Amarga fora a vida Quão dura era a lida Em existir De mim , luto Para de mim Libertar-me De mim Nasço eu Das cinzas Infelizes escombros Das duvidas minhas Nasce o homem novo O renascido Eu vindo de mim mesmo O fênix.... © Rubens Garcia 2017

ESCRAVO DE UM PRAZER

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Vejo a estrada que vai ao sol que nasce, luz que posta em mim Vejo o rio que não verei igual, água outra a se arrastar de longe A vida que vai, ela que não volta a viver o que foi vivido tanto Vejo um vento que passa mensageiro, matreiro e calado se esvai Piso um chão que me acolhe tão firme, aceita-me, suporta-me Beijo a boca que me acolhe tremula, molhada, amiga Toco o corpo que me aceita quente, aberto, recipiente Oculto-me alem dos olhos que me perseguem brilhantes raros As mãos que me tateiam insistentes, ardentes dedos, punhais Calo-me pois consinto que me tenha objeto, faça o que não quero Meu corpo goza, orgasmo de meu sexo, tristeza do meu coração Meu corpo que ânsia, minha alma que anoitece Sob a mesa, o pagamento, o salário, o meu valor... Já não lhe pertenço, o prazer está pago, um tostão, um trocado Quer novamente... Pague Um corpo está a venda Um coração que é passarinho... Parte novamente Vejo a estrada que vai... © Rubens Garcia 2017

PERTENÇO AO QUERER.....

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Totalmente sonho a paz conceber, trazendo a mim a chance de anular as armas e tornar o nome humano, uma sagrada construção de infinitas chances. E pra que então valer-se do agressivo pra provar o que se pensa, e nos condicionarmos feito crias no matadouro, pra um dia morrer e num ritual vazio e disfarçado em flores, construir um lugar num falso paraíso celestial, que aprendemos a cultivar por nos dizermos viventes pela fé, anulando nosso próprio poder, e ao Deus, aos deuses, uma dose de explicação pra apenas um vazio pensamento, e talvez o efeito das palavras não provoque nenhum movimento, nesse ciclo vicioso que se chama nossas vidas. Mas os que puderem perceber meu sabor e aprenderem me desejar, sem enjoar de mim, saberão-se de novo amados e respeitados. E cada pedaço do corpo farei alimento pra seus prazeres, e minha saliva, o vinho mais doce para a mais intensa sede. Meu corpo será o centro da explosão, e tua voz, o som angustiado; Rasgarei teu peito, pois em ti

PROSA DO BEM QUERER

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Se tanto é pedido, faça silencio da voz calar, ao negar Meu olhar a diz, aquem daqui, bem ao lado de ti, teu coração As maos afagam lentas meticulosas sombras da noite escura em sonho Cada inevitável toque pretendido será, ousar, violar, possuir sem ter de fato Escondido pedido que clama, um olhar que brilha a chama de velas castiçais Coração aflito se agita, corra depressa o menino, saia pequeno ser, inocente Sinta ao toque sublime o labio que roça arrepiado a pele e o pelo A alma que pede, roga, chora, cala, morre Um corpo que ansia tremulo, vadio, languido, frágil embalagem Esperança vã nascida feita mentir a alegria de que se é feliz sozinho sendo Não amas, sei, sente tanto quanto não sentes nada alem Não se importa, acredito ser fato assim é, nem nota que existo, olho, ansio Tanto faz, vida ou não, morrer ou existir só um corpo só a rolar de vazio Implorar, humilhar, comprar, um corpo, um tostão sem gosto, asco Se amar é favor que faz bondosa, piedosa, lastiman

HÁ DE VIR DOS OLHOS.....

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Ha de vir dos olhos Que olham, brilham e cintilam Na noite límpida, há de vir de um olhar A chama que tão eterna No mais alto cume de esperança está a queimar Há sempre de vir dos olhos Um olhar de despertar Sinceridade Há de ser de um olhar A derradeira lágrima de piedade Ou de saudade Um olhar Que em si só basta ao olhar Com amor, com ardor No que impedir não posso Só no fechar dos meus olhos Impeço a beleza de tão assim Se manifestar num olhar Irei sempre me aprisionar Continuamente me apaixonar Num olhar Poucos hão de escapar Pois quem alcançara A extrema distancia ida De todo longínquo olhar Num horizonte de um adormecido poente Olhar perdido anoitecido e escuro Um curioso pôr ver, rever, reter e dizer Pôr perto, tão perto, tão certo ser Toda lágrima será secada na face triste Todo corpo abraçado, enlaçado, amparado Todo rosto das lágrimas secado Quem alcançara Todo pensamento ao vento voar Toda voz que grita calada fica Um chamado continuo P

EU ESCOLHI TER CARÁTER....

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Como dar a outros o que não tens de fato Como retribuir o que não recebes Como sorrir diante do iminente pranto Como semear em deserto arido Como gritar quando tanta surdez há E sons tantos são o que se podem ouvir E poucos são os que entenderão de fato E nos culpam o silêncio E nos julgam ausentes E pode frondosa arvore dar frutos que não tem E no ódio vento suave é tempestade E no rancôr peitos se vêem pedras Como sentir o que não podes compartilhar E sendo um só sonha-se serem muitos Tal multidão de um homem só A romper a muralha da ignorância Prisão em que vivem felizes Se não entendem, julgam Se não possuem, ninguém pode ter Se não sentem, ninguém é capaz Se não sabem fazer, ninguém o saberá Espelhos a mostrar horrenda face de lindos rostos Sorrisos falsos que brotam de corações em trevas Atores ruins, coadjuvantes de sua própria história Que por outros é escrita e manipulada Como ser humano diante de tanta desumanidade Ser honesto diante de tál desone

A FLOR EM TI......

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Vi uma flor De longe, olhava-a, de longe a via Não me aproximava Sabia ser flor Não sabia ter espinhos e temia-os Era melhor assim Saber que era flor E não saber dos espinhos Vi esta flor Por quantos anos Eu vi esta flor desabrochar Eu na distancia Ainda em medo Se espinhos haviam Ainda temia Mas eu sabia, tinha certeza, era uma bela flor Um dia Vi os olhos da flor Não pude me conter Perto da flor eu estava Tremulo ficava Eu temia Os espinhos da flor Eles...não existiam A flor, não era só uma flor Eram muitas Era um radiante jardim Ai eu percebi A flor que via Era uma mulher Que no lugar de um coração Trazia a mais bela flor Aquela que eu sempre via. Rubens Garcia 2017®

LIBERTO DE TI......

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Criatura esta criada pôr Deus Que dona dos gestos meus Escravo de si me faz ser preso ficar Que prazer possuis me escravizar Em escravizando-me a ti faz-me prisioneiro querendo fugir Da verdade que não vês que existe Que preso a nada amo estar Que solto te chamo livre Que a ti quero acorrentado ficar Desde que prisioneiro de ti ‚ minha decisão Eu não me sinta ser de uso errado Escravo de um capricho abusado Objeto de uso individual e mal cuidado Pois quem tem valor não da Se de graça ‚ adquirido a esmo Qualquer distraído corarão que pôr perto navega Em busca da paz de um porto peito aconchegante De ser livre Pois liberdade ‚ amar um ser livre Deixando-o livre Ama-o de fato em aprisiona-lo Não o gosta e sim o usa , até abusa Da chance que ao longe joga De aprender a amar de verdade. Rubens Garcia 2017®

MÃOS QUE IMPLORAM....

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Mão Que implora A erguida clemência humana Olhar que chora Céus azuis, tênue entardecer caído Morre Um guerreiro de farto valor Cai Teu semblante entristecido Mão que implora Implorante desejo de viver Olhar de duvida A dor tida na doce vinda do perecer Morre Projetil difuso, confuso disparado Dedos em riste falem Aponte e delate o confesso pecado vivo O homem Se pecas em ser homem Pecas em pecar tal pecado Mão Calejada fome antiga Vinda outróra vila Passado condenado Esquecido Olhar moribundo Olhar de pranto Olhar de curiosidade Maldade Outro inocente Morre em uma guerra outra qualquer De tantas Que na cidade São infelizes Rotinas De mortes Vãs...... Rubens Garcia 2017®

TENTAR SEMPRE...

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Se não houver frutos para colher Valeram as flores que belas nasceram Se não houve flores que surgissem Valeram as folhas que ao vento se balançariam Se não houve folhas que o inverno ressecou Valeram os galhos quais braços que se estenderiam a ninhos Se não houve galhos que a tempestade quebrasse Valeram as arvores que no chão viveriam e sombras fariam Se não houve arvores, pois a ignorância extinguiria. Valeram as sementes que pelo solo fossem lançadas Se fecundas as sementes não foram, pois a água não caiu. Valeu a intenção de plantar para querer colher Todo esforço é valido se da bondade é inspirado E do coração é vindoura a vontade de tentar. Rubens Garcia 2017®

TARDE VAZIA.

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Meus olhos...percorriam a tarde. Tua face eu via...alem da sombra da tarde eu via Ali estavam teus olhos..eu tocava, eu sentia Você estava ali...eu te sabia presente Na tarde que se fazia ausente Minha lágrima...descia a face, a chuva caia em silencio A tarde se calava, os passos rápidos, a praia deserta Gotas no rosto, passos que corriam, o vento que açoitava Você estava ali...eu te sabia presente Na única tarde que inutilmente se fazia ausente No horizonte, um sol que nunca nascia A chuva que molhava, os passos agora lentos Os olhos que se fechavam, a lagrima que dormia Um coração naufragado...ali eu sabia presente Nesta pequena tarde que silenciosamente se fazia ausente A voz falava...não se ouvia, a chuva que caia A mão se erguia, o pedido que não se fazia Os passos que cessavam, as vozes que se calavam Eu estava ali... a chuva tambem, nunca ausente Na primeira tarde que a saudade se fazia presente. Saudade..... Rubens Garcia 2017®

INÚTEIS PODERES

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Nada sois , insignificante Senhor de terras Poderoso latifúndio ; Gente pobre e faminta Um rei de nada ; Dono e senhor de infindas riquezas Estas reluzentes roupas e dourados adornos Quem pensa que és ao decidir alheios destinos Traçar fronteiras, estipular limites Empunhando armas e assassinando inocentes Sois fétido pó gerado em inspiração celeste Insignificante aprendiz da nobre arte de coexistir com tua terra e seus semelhantes Um velho aluno a repetir tão cansativa lição Ao mesmo ponto sempre tornas pois ainda são cegos os seus olhos E sempre serão desde que não queira ver o que a tua frente está E abertos tão cedo creio que não o veremos Homem , imatura criatura animal ! Afinal, quem pensa que és ? Sois tão digno assim de ser criado e inspirado a imagem mesma de um criador ? Sois tão digno a ponto de ate mesmo se dizer espécie absoluta do universo ? Se assim gerado foi quão questionar podemos nem tampouco devemos Devera ter sido então puro ato de distração D

HÁ TEMPOS

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Há tempos Olhando os dias, das tardes sonolentas dos dias de abril Percebi, que por detrás dos olhos que brilhavam febris cintilantes Havia um sonho calado e profundo que não nasceria na vida que se vivia A vontade calada do que não aconteceria se as bocas falassem então Que são muitos os olhos antigos que buscam na tarde chuvosa e fria A manha de uma juventude que já não possuem nos corpos cansados Essas crianças preservadas em peitos saltitantes apaixonadamente antigos Há tempos Conheci o sorriso dos homens de bem aprisionados em senhores sérios As fardas capitais de ternos e gravatas dos condenados ao futuro vazio Nas ruas caminhadas, de sangue manchadas, asfaltadas lapides dos infelizes Das medíocres meretrizes, crianças aprendizes da arte da vida que vai morrer E num canto, farrapos humanos vestindo corpos de seres já inumanos A sociedade apodrecida, vaidade esquecida das senhoras cheirosas mundanas Mulheres de véus sob os olhos vazios confessando pecados a out

ONDE HABITA O AMOR

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Queria te falar do que creio ser assim Que o amor não só dor de fato Que dele também floresce o alivio Que dele nasce o perdão Que ele‚ a única razão real de uma união Que... Onde não há o perdão Onde não habita a compreensão Onde não há a esperança Neste lugar não há o amor Por isso nele sim ‚ constante a dor O desamor A desatenção A desunião Felizes os que têm o amor Pois eles são os escolhidos São pôr Deus protegidos E acima da espécie sua eles estão Pois quem ama Navega em mares de tempestade se sabe Prova a injustiça e até‚ a humilhação Mas ‚ forte para no peito amado amansar a fúria dos ventos E fazer não ter importância alguma se justo ou não Amar‚ a justiça O resto... Se‚ que algum resto pode sobrar É puro desafeto. Nada mais‚ do que resto De algo que nenhuma importância possui. Rubens Garcia 2017®

PEITO ÁRIDO...

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Tal a viuvez Da moça solteira Que antes de ir a conhecer o perfeito amado Mata-o Dentro de si Cala-o Como sonho de flor Que um dia botão Desabrocharia Despetala em lagrimas Se um dia cheirosa Hoje Esquecida Ervas daninhas Atrás da casa Onde o sol Ausente vive A sombra Eterna No peito em trevas Dos que Amar não sabem. Rubens Garcia 2017®

SEMELHANTE APENAS...

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Se não consigo evitar que me agridam, se no fundo há os momentos em que vou agredir, pois há certas emoções que o peito não contém, palavras que na boca não segura, e machuca e fere. Sei que o meu sorriso não é tão freqüente, é que tenho razões para lamentar as coisas impossíveis, com o qual me atrevi a sonhar inconseqüentemente. Gasto meu metal em tantas tentativas de sorte ou azar, sonho o sucesso obter, ser famoso e celebre, que rude tolice isso é. Mais isso tudo, tão normal o é, tão igual aos outros que medíocres o fazem assim. Se assobio uma canção qualquer, que melódica seja, se me emociono tão facilmente, tão naturalmente, isso tudo, tão banal, esse tal sonho material. Mas se as vezes não evito o palavrão, a agressão, se nem mesmo forças tenho para segurar o grito, é certo que isso tudo é tão normal, sendo a único condição, regra ou meio, de ser o mais humano possível, cabível, a um ser só, que tenta ser menos vulgar, a ser um pouco mais a estrela, ter

FILHOS DO SILENCIO

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A terra nua da verdade crua, somos os seres escolhidos feitos a sua semelhança. Sua voz, um trovão no céu a cair em forma de apelo a avisar a nossa sentença, por que somos escravos de nossa imaginação e dos nossos tolos sonhos, da ambição de lemas e temas, estas drogas que estão a nos entorpecer que são pontos a nos frear em nossas verdades internas. São mascaras em um baile onde as fantasias são tão diversas quanto os nossos caminhos, e de tão dispersos nós nos esbarramos, choramos, sorrimos, a matéria nos consome nos cria e nos destrói.. Somos filhos do silêncio, seres marginais, invasores em terra alheia e mesmo assim nos proclamamos superiores e até nos rotulamos como radicais, matamos, morremos, somos inferiores e podres. Nosso prato não queremos dividir, vivemos amontoados em edifícios, nós fomos expulsos do paraíso; estamos acorrentados ao sistema, somos filhos da nossa organização vital. Hoje queremos invadir o universo; os ensinamentos já esquecemos; já invadimos um m

HUMILDE EXISTÊNCIA

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Hoje eu trago um apelo; hoje eu trago comigo, em meu peito uma reza. Peço que respeitem aos idosos e as crianças; peço que perdoem os que são apenas inocentes e desconhecem a maldade, não quero que seus sonhos se percam em abandonados gestos feitos ingenuamente. Hoje eu peço que deixem voltar aos corações o sonho de ver irmãos se tocando, beijando-se, nutrindo-se, amando-se. Plantando com fé eu sei que esperança posso colher; sei que posso pegar todos os males e descobrir, desvendar suas raízes e mata-las, desatar-me de sua prisão e simplesmente chorar. Porem sou grão de areia nesta desigual luta, poucas chances possuo de vencer este tirano que ceifa nossos sorrisos e esperanças. Hoje desejo parecer entre os versos doces de uma canção, sem nenhuma bandeira ou ideal, somente flores que eu possa carregar nas mãos. Desejo amar com ardência juvenil, livre dos limites a mim impostos, livre das barreiras que corroem o coração; amar feito um animal solto, um arredio bicho do mato em