Rubens Garcia Poeta

Quando lhe vi chorar Uma dor em mim se fez presente Para quem desejava só felicidade a ti Eu lhe trazia dor A dor em ti agora Maior em mim nascia Que amor é esse assim Que não lhe traz o prazer sentido Te faz decepcionar, chorar Para cada lágrima tua é certo Duas em meu rosto há agora Sei que até, tentei tudo de mim então Meu sangue, minha adoração, devoção Mas, fracos somos tanto NA vida confundimos emoções Orgulhos e amores próprios nascem Quem muito se ama assim Não pode amar ninguém também Quem muito se protege e foge Da dor protegido não está nunca não Quem diz não querer e querendo Quer tanto que não pode suportar sentir E a boca, maldita seja essa voz Diz um não indeciso Silencia na necessidade de falar Se cala em falar do amor sentido Quando lhe vi chorar Entendi enfim em agonia Eu lhe fiz chorar.... © Rubens Garcia 2017

E eis que vou para a luta, em guerras me atirarei De armas empunho meu largo sorriso que ferir não fere Armaduras não usarei nenhuma, proteger-me não vou Cicatrizes serão vistas de mim tantas que tenho Decepções, desilusões e frustrações que na vida tive Cada um usa as armas que tem Não ofereceras mais do que possuis Pois só tens o que em teu coração vive Se amargura for tua verdade Para ti perdida está a guerra E eis que vou para o combate E atras de mim vitimas não haverão E do meu sorriso estarão atingidos E do meu amor irão se alimentar Neste frágil corpo terão prazeres e aconchego E se nada de mim restar Importância nenhuma haverá Quem se dá, se inteiro não for Nada ofereça se nada tiver Pois seras uma mentira do que ter não tens E ai sim, machucados acontecerão, feridas se farão Decepções nascerão, corações alegres serão lágrimas E ai serás um vilão de sua história E não o herói de tuas conquistas E eis que tento de novo ser feliz, de novo tentarei Lev

Quero dizer-lhes de uma dor imensa Aquela vinda da necessidade de extrair alguém de nosso coração Como extirpando a própria vida que sustenta o existir Um respirar que não é sozinho, é compartilhado A mente como algoz retendo imagens e sons, momentos e palavras O corpo ansiando um calor único e necessário em ter Tal prisão que grades não se vê e preso se sabe Tal palavras libertas escritas em liberdade adquirida Feito um rosto em sorriso que do pensamento não sai imagens que não conseguimos arrancar Coração que se manifesta contrário a razão que se busca Quero alertá-los dessa triste limitação humana Pois somos carne e espirito nascidos Será portanto impossível esquecer ? Enfim tatuagem que não fiz Que na pele se aninhou E este sorriso fez refém Estes desejos fez cativo Marionete da inconsequente vida que segue Alheia a vontade dias se arrastam tristes Noites se fazem vilãs impiedosas Frio que nenhuma chama conforta Quero um dia amanhecido e frio Porem livre e

Esta noite, como tantas Adormeci em pranto solitário Cama, ao lado, nada havia lá Houve um sonho, ali estava alguém Face eu via, calor eu sentia Loucura enfim Uma semente não floresceu Um sol não nasceu Uma ilusão brotou Aos olhos enganou Fez sentir presença Do que era ausência E nunca esteve lá Uma boca em beijo Um corpo em desejo Sons, imagens, ilusão Não era sorriso Era lágrima Não terminava O que nunca começou Gargalha a vida Outro dia Outra noite Adormeci Como tantas Face eu via Mas não havia Ninguém lá... Rubens Garcia 2017.

Meu querido amor eterno Quanto tempo sem lhe ver de novo Provar do seu sorriso, sentir o teu ar A tua presença, esse riso largo e lindo Meu precioso bem amado Quando foi o ultimo abraço, o ultimo beijo Eu não sei dizer, só lembro assim enfim Uma dor que não explico e sinto Saudade que não vejo chegar, mas chega e fica Uma cicatriz antiga vem incomodar, doer Uma face triste além da chuva que cai devagar Um vento frio, um silêncio triste aqui É assim amar, é essa coisa imensa e minha De mim não arrancam não, é parte já de mim É meu alimento, minha respiração, meu coração Amo então existo, Amo então sou sensações Sou lembrança e vontade, carinho e desejo Amar é guardar, amar é existir Um peito cheio não deserto é nunca Uma voz é tão querida se ouvida Mas ela não vem falar, isso importa não Quem vive de um amor sentido assim Vive eternamente um sentir Que não esteja aqui o que ficar não quer Que doce lhe ver voar tão livre Que bom lhe ver feliz por ai Meu queri

Sois luz Quanto brilho em minha escura E contida vida prisioneira Liberta-me, me faz sorrir Quantos passos andados foram Noites vazias Tardes de solidão infinda Musicas que doem ouvir Que não trazem o afeto que se busca em confortar Luz, Nasceste luz Quanto sol traz a minha manhã Quando a chuva se vai E a lágrima está morta E o sorriso Tímido nasce na face Luz, Sois flor Vejo-te desabrochar de botão Em belas pétalas E cerco-te de cuidados tantos Impeço o vento insensato Que de suave Também é tempestade Impeço as outras todas Que de inveja são maldades Sois Luz E de brilho viverás E de teu existir Sempre hei de sorrir Enquanto teu sorriso desfrutar. ©Rubens Garcia 2017