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Mostrando postagens de maio, 2017

NÃO ENDURECER O CORAÇÃO

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Tantas são as razões para endurecer-se. Tantos são os apelos para meu peito esfriar, fazer essa chama bonita se apagar. Irei sorrir, irei ter pena dos fracos em amor, não saber dividir, libertar; pena dos que são egoísta em fazer carinho, dos agressivos da paixão. Tantas são as razões para se apagar as saudades, frutos de tantas relações, este alimento sagrado que é combustível da vida. Sentir falta parece sempre preciso. Para se dar valor quando se tem o que se quer. São tantas as razões para se ser racional, ser tão igual aos que caminham nas ruas e não se preocupam com a lua. Tantos os apelos para condenar os que partem e censurar os que ficam, não esperar os que chegarão. Eles nos querem calados. Eles nos vêem por cima de seus olhos. Definem nossas vidas, limitam nossa emoções mas somos livres para sempre pelo caminho revolto prosseguir. São tantas razões para o desamor, nenhuma porém a de nos convencer, pois são todas frágeis demais para tanto; são baseadas em razõe

AO AMIGO QUE VIRÁ......

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Prezado amigo, que ainda não tive Vim aqui pedir-te um humilde conselho de quem desesperado está Não querendo com esta, incomodar-te, ou encher-te com lamurias e reclamações Caro amigo, o que fazer quando fechadas aparentemente as portas estão? Qual a mágica formula para não chorar o fracasso, seria a fuga da verdade? Sei que não, perdoe-me, estou fraco, perdido, engano para ocultar o sofrimento Então é sorrir o caminho? Mas chorar eu quero, gritar eu necessito, só que voz não tenho Doem-me dores que nunca antes senti, meu amigo que dores são estas que sinto? São estas as dores de um homem quando fracassa? O que é então o fracasso caro amigo? Uma batalha que se perde ou uma divida não paga? Um castelo que desmorona ou um jardim que não quis dar flores? Então querido amigo, é fracasso esta dor que sinto ceifando meu sorriso. Sabe, queria eu ter meu peito protegido, minha alegria preservada, é pedir muito? Então a quem devo pedir perdão? Sim pois se fracassei causei sofri

ULTIMO SORRISO

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Fizeste-me ver que a lagrima era sagrada Ajudou-me a crer que o beijo era divino Em ti, vi os meus olhos que mais nada viam Em mim, vi o deserto de uma solidão Foste a flor Enquanto pedra Eu fui Quantas eram as noites, não lembrava, imaginava Em que o silencio Pousado em meus lábios umidos Aflorou em grito que não contive Os passos que caminho Arrogantes, certeiros, saberia aonde ia, eu não sabia Se chegaria So caminhava Que de ti não houvesse a lembrança Nesta minha frágil andança Pelos anos que vivi Se vivi não sei Sorri Gargalhei Emudeci Fiz-me velho Fiz-me andarilho Percorrendo ansioso Os caminhos por onde segui As pegadas que deixaste Na molhada areia Pelo úmido caminho Dos meus olhos febris Quero lembrar de ti Encontrar-te por aqui Recordar Contigo A ultima vez Que sorri......... © Rubens Garcia 2017

OS QUE NOS AMAM...

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Tristemente as vezes lembro da arrogância humana,  essa triste falha de nossa personalidade que nos traz a ilusão de autossuficiência,  como se completos, somos um pedaço de um todo muito maior,  um mundo habitado por bilhões, e que muitos de nós não terão conhecimento,  neste momento em dor percebo minha ausência com tantos que a minha volta estão,  e entre eles, alguns nutrem amor e carinho por mim.  Neste momento percebo, não sou nada, o que tenho é fruto deste amor que me é dedicado,  não digo dos medíocres e passageiros bens materiais que corrompem nossa mente e destroem nossa capacidade de compartilhar,  falo de pessoas que se preocupam e nos dão até sem perceber o alimento que nos mantém inteiros como um só: O amor. Deus, obrigado por esta dadiva, obrigado por eles existirem, que eu seja merecedor deste carinho, pois sem ele sou só a fantasia de um homem completo. ©Rubens Garcia 2017

UM LUGAR SÓ SEU

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Ha muitos anos tento compreender o mundo em que vivo, decifrá-lo,  aceitá-lo como ele é, com suas regras, leis invisíveis e implacáveis que regem os dias,  as relações, os sentidos, as sensações.  Dizer-se não ter nascido em época certa é meio vago,  mas quantos se refugiam na ideia de que este não é o seu lugar,  não é sua história, não é sua vida. Tornam-se prisioneiros de um sonho vago de acordar um dia em outra vida, sem as mesmas carências,  as antigas dores terem sumido, as saudades desaparecidas.  Enquanto sobre suas vistas a vida que vivem segue ligeira e sem comando.  Viver a vida que se vive pode ser ruim, muitos acontecimentos não dependem de vontades,  apenas acontecem e como vamos vivencia-los dependera de nossa crença no real ou no sonho.  Se sonharmos demais sofremos, se não sonharmos padecemos do conflito da realidade inesperada e a vontade sonhada.  Cada um busca em outros a si mesmo quando o unico lugar só seu vive dentro si mesmo, e lá

DESAPEGO

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Não há nada em nossa vida tão difícil quando temos que nos desapegar de algo ou alguém, gigantesca tarefa de extirpar de nosso coração algo que os anos o tornaram algo fixo e amado.  Não temos este comando, este poder, se pelo menos houvesse um motivo tão forte que nos fizesse fortes o bastante para arrancar de nós aquilo que nos apegamos por ter nos cativado e passado a fazer parte de nós.  E vem a dor maior quando este algo é um alguém que precisamos tirar de nossa vida para que ambos possamos seguir adiante.  É impossível fazê-lo,  a dor é imensa e cada tentativa resulta em uma inevitável lágrima. Peço a Deus não precisar desapegar mas apenas guardar em um lugar secreto  e tranquilo em uma parte esquecida de nosso coração para não ter que desapegar  pois já tenho certeza: Jamais esquecerei... ©Rubens Garcia 2017

INOCÊNCIA PERDIDA

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Havia um menino, um pequeno menino, caminhava alegre, era jovem,  a vida era brinquedo, sonhos, fantasias, curiosidades. Sem sua vontade,  os anos vividos foram vindo, vieram pessoas, lugares, coisas novas,  muito aprendizado, alguns uteis, mas a maioria, inúteis, de nada lhe serviam,  eram nomes, datas, acontecimentos, não faziam sentido,  era só informação pronta para ser esquecida, veio algo novo, chamavam de sentimentos,  eram coisas livres que não tinham hora nem lugar, não tinham controle,  traziam prazer e magoa em uma mistura estranha e desconhecida, nasceram as confianças,  eram necessárias, solidificavam conceitos, tiravam duvidas, pareciam bons aqueles sentimentos, conheceu a mentira, a dissimulação, a falsidade e viu morrer ainda jovem a tão bela nascida confiança, chorou, revoltou-se, reclamou, ninguém se importou,  percebeu enfim que cada um só vive para si mesmo, que compartilhar era tolice  e que guardar era preciso, ter em si um pouco do menin

LEMBRANÇAS (O QUE POSSO VER).

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Em escuras noites, meus olhos vislumbram distantes luzes, a imaginação correndo solta imagina se casas, praças, ruas, ou só lembranças. Se as luzes são reais ou efeitos óticos de minhas saudades. Que anos vividos ficam vivos em luzes que se apagam lentamente, como velas a queimar bem devagar. Se um firmamento é cheio de estrelas que pensamentos são ou memórias se fazem, quando se apagam são lembranças que vão se tornar esquecidas, e feridas serão fechadas, e saudades serão enfim adormecidas para nunca mais voltarem. Se são luzes, são casas, são lares, são vidas vividas em famílias ou em solidões que parecem vida. Em escuras noites meus olhos divagam entre o que são luzes distantes ou memórias presentes, e sem saber decifrar adormeço imaginando livre que são lugares onde outros olham distantes luzes e imaginam distantes vidas. É só o que posso ver, meus olhos já não enxergam tão longe e minhas lembranças em grande parte agora são velas em ultimo apa

O ULTIMO SILENCIO

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Sabia que estava só, que não havia nada além do que os olhos podiam alcançar,  meu coração relutante buscava sorrisos, abraços, conforto, e tristemente ele encontrou o vazio,  não havia nada lá, pessoas passavam, eram sombras, eu não as conhecia, elas não me notavam, sorriam, viviam, amavam, existiam, eu, morto em mim não tinha voz,  não me movia, o vento açoitava meu rosto, feria meus olhos, o sol se punha entre nuvens,  ausentava-se, eu respirava, havia vida neste corpo, haviam malditos sentimentos que só feriam,  eram laminas cortando minha pele e fazendo em pedaços meu coração.  Peço humildemente, pai criador traga o silêncio tão desejado a este peito,  imploro-te, traga um alento a este corpo que caminha vacilante, desfaça o erro de existir assim,  conserte essa falha o acaso e me presenteie com um ultimo silêncio,  eu vou sorrir e então já não haverá dor, só liberdade.....enfim. ©Rubens Garcia 2017

A FLOR, MULHER

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Vi uma flor De longe, olhava-a, de longe a via Não me aproximava Sabia ser flor Não sabia ter espinhos e temia-os Era melhor assim Saber que era flor E não saber dos espinhos Vi esta flor Por quantos anos Eu vi esta flor desabrochar Eu na distancia Ainda em medo Se espinhos haviam Ainda temia Mas eu sabia, tinha certeza, era uma bela flor Um dia Vi os olhos da flor Não pude me conter Perto da flor eu estava Tremulo ficava Eu temia Os espinhos da flor Eles...não existiam A flor, não era só uma flor Eram muitas Era um radiante jardim Ai eu percebi A flor que via Era uma mulher Que no lugar de um coração Trazia a mais bela flor Aquela que eu sempre via. ©Rubens Garcia 2017

NASCIDOS ESCRAVOS...

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Pense, não pare, ande. uma ordem, em forma de conceito, uma lei, uma imposição. Nascer, num barraco, num barco, num castelo, num ato de amor, em lua cheia ou céu nublado, simplesmente nascer. Ande, não pense, aja. Nossos primeiros ensinamentos, os primeiros passos indecisos, uns se perguntam, outros se respondem, mas todos se calam. Cresça, não pare, não recue, não acuse tanto, não defenda mais. São frases, textos, passagens, idas e vindas. Vidas vividas, vidas esquecidas, some sonhos e os apelos e tenha as duvidas de todas as palavras. Quem são vocês? São pais, instrutores, censores, perdedores, ganhadores, ainda bem que humanos sempre serão. Quem somos nós? Filhos, pupilos, descendentes, iniciantes, vacilantes, ainda seremos tão humanos? De onde viemos? Do ventre, do amor, de um calor, de um engano, um plano, uma obrigação, um conselho que cheira imposição, humanos primatas. Para onde vamos? Ao destino que plantarmos, as flores que colheremos, nos espinhos

MAIS AMOR, POR FAVOR

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Se todos tivessem o dom de possuir a palavra acho que não teríamos entre nossas vidas tanta indiferença e desamor. Sendo assim tinha razão o poeta quando disse que nós falávamos tão pouco. Se alguém esta a falar mal chamam-no radical; se está a falar bem é alienado então e o que se cala é rotulado covarde. Se todos pudessem então falar, se todos comentassem a respeito do que quisessem e se as decisões não fossem legadas a tão pouco eu creio: Haveriam pessoas menos agressivas pelas ruas de nossas cidades. Porém ninguém dirigi a palavra a quem esta ao lado; ninguém ajuda quem esta em perigo; tão estranha essa coisa de cada um por si e nada para todos; e as pessoas vão andando e trabalhando e se esquecendo dos que estão ao nosso lado a sofrer e padecer a sua dor; se esquecendo de dizer a palavra que traga conforto ao enfermo desenganado e até bestialmente acreditando que a violência a alguma coisa pode resolver. Acreditando desta forma tão desumana que a agressão é uma forma sensa

ÉS MINHA MUSA...

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Sorriso..... Quanto riso em te ver sorrindo Que pequeno coração tão gigante se torna Se a doce felicidade encontra Quão doce se faz o momento Se teu sorriso vem encontrar Se não acreditar alimentar Uma alheia felicidade Teus olhos não são capazes de enganar Um brilho transparente de luzes infindas Se não acreditas transmitir luz Se não sente seres estrela De um céu sonhado Imaginado em emoção Quanta paz em te ver sorrindo Um coração guerreiro depoe suas armas Uma boca que grita se faz em silêncio Uma solidão que se faz presente Por um momento se faz ausente E da face, só um sorriso nasce Uma flor pequena a nascer Em um jardim esquecido pelos tempos Onde a felicidade é uma semente Difícil de florescer Se agradeço existir Agradeço conhecer-te Luz Um sorriso Caminho na escuridão Quanto riso em te ver sorrindo Não minto em dizer-te És minha musa..... ©Rubens Garcia 2017.

QUE QUERES DE MIM.

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Que queres de mim, vida minha Não me faras escravo, estranho sentimento Eu lamento todas as dores sentidas Quantas lagrimas roubadas De uma face em sorriso Por isso, o que queres de mim De um pequeno sonhador Que vaga insone por tantos caminhos Em ouvir as razões de tantos As exatidões dos que nem sabem de si Traçando linhas limites e proibições Calando vozes libertas agora mordaças Se queres de um árido peito, deserto reinante Um jardim de estranhas flores, perfumes incomuns Um sentimento de tantas dores e buscas infindas Nascido, reinante nos olhos que buscam fechar-se A luz natural de um sol brilhante imponente amanhecer Que não se importa em vigoroso abraçar Invade as trevas reinantes na noite fugidia Esta que nunca termina ante seu brilho tirano Que queres de mim, silêncio meu escolhido a mim Minha voz não basta no vazio das certezas Nada é tão certo quando em si se busca E Já não se encontra consigo mesmo ali dentro O eu é, o nós nunca foi, só um basta d