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Mostrando postagens de 2023

IDENTIDADE

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  Prefiro não andar pelos caminhos que outros andam Cantar as canções que todas as vozes entoam Quero seguir pela estrada minha Que é só minha e foi traçada enfim por mim Pela escolha de meu livre coração Não ser mais um, ter identidade, ter lealdade Pelo que creio, afirmo e acredito Confiar em mim, não ouvir as vozes que condenam As correntes que me querem aprisionar Ter um número, ser mais um, na triste fila dos escravos Dos criados para servir, nutrir a fome dos egoístas Ser estatística no frio discurso dos poderosos Não sou mais um, eu me rebelo, rompo o compromisso Desfaço acordos, ignoro promessas, gargalho das obrigações Prefiro não seguir as coisas traçadas, combinadas, doentes e manipuladas Não vou ser mais um, a aplaudir tolices, ser moda e medíocre Usar as vestes dos iludidos, a vestimenta dos enganados Ser fantoche aos que criam a dor para vender o alivio Ser cobaia aos que criam doenças pra oferecer a cura Um espirito livre, asas que v

SOLIDÃO

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  Solidão Consumindo todo resquício de um difícil sorriso Câncer mortal que terminal suga esperanças Derruba crenças De novos dias E este encabulado silencio que se faz Como se curasse Se a escolha é calar Virar os olhos a toda felicidade Que outros ousam ostentar Sem tampouco vivenciar As farsas alheias da verdade ocultada Solidão Se tanto um dia veio se acomodar Entre vozes, os que vem e que vão Fingindo direção No eterno ciclo de vidas vazias Aquele que chora até sente inveja Querendo estar No lugar de tantos Quando enfim se entedia E não se importa Se não há mais porta Por onde entrar Solidão Decisão e consequência Sem se arrepender jamais De sozinho viver

FIQUE LONGE DE MIM

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Só fique longe de mim Respeito nesse meu despeito de ter sido deixado só Estava doente, dependente, de mim ausente Quando na mais sofrida das noites, embriagado de desejo Lagrimas se misturando ao que escolhi beber Só para entender que não era pra esquecer Era pra entender, perceber enfim Que da última dor sentida nasceria o fim Quando o amor por si mesmo acordaria Nessa humilhação que se vivia Dizendo, repetindo em vão, um nome, um só Em noites teimosas em findar Só fique longe de mim Respeito por esse querer maior de não ouvir mais tua voz Sentir as amarras dessa obsessão rompidas nesta decisão De não mais te amar Se é escolha minha ou não, importa não Não vou lutar com um querer, perder perderia Mas essa paixão adoeceu Virou amor certo pela pessoa errada E sendo assim Na tua presença só será saudade Você sempre existira sim, numa lembrança enfim Até que o tempo venha isso consumir Me fazer sorrir, outro coração buscar Um novo morar,

QUANDO AINDA É CEDO

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  Quando ainda é cedo Devemos lutar para sermos felizes Enquanto a inocência ainda vive em nós, Pois com os anos nossos sentimentos adoecem E nosso coração torna-se arredio, desconfiado Tudo se faz tarde demais, parece o fim Quando acreditamos saber tudo O domínio de nós que nunca tivemos Mas tudo renasce Toda semente floresce Tudo se inicia, reinicia De tudo que volta O algo que nunca foi Não partiu de verdade Quando ainda é cedo Novos dias, novas chances Recomeços Ainda é cedo Para crer em envelhecer Ele só vence Quando se desiste de lutar A beleza que se esvai Coração que é eterno Fica

SONETO

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  Nasci Quando te vi Que responsabilidade Criar-me sem odiar-te Por não querer-me Num conviver Amigos? Sei lá Talvez sim Se esse querer Adoeça Esmoreça E Enfim Se cale E nascido Não morrera O que Plantado foi Lá no fundo Do coração menino Sigo indo Que lindo Se apaixonar Até a noite Se acabar Ao adormecer Sonhar E De novo nascer

BEM VINDA...

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Bem vinda de volta ao meu coração Nas noites mais loucas esperei Nas bocas mais febris busquei Trançando pernas, buscando enlouquecer Para descobrir Uma forma perfeita de esquecer A imperfeita esperança nula Bem vinda O caos se ajeitou Os ventos se acalmaram Não há tempestades Não mais ventanias Todos os dias há de um sol nascer Mesmo que oculto em irônicas nuvens Que tentarão dizer não Mas de tanto negar Hão de se calar em luz É só você chegar Pois bem vinda de volta És nesta vida a vida Que fez-se temida morte Quando fostes embora de mim Pela porta que já não há mais No teu colo Meu último despertar Na infinita certeza Sempre vou te amar

AMAR

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  Fale então O que faço agora, diga-me coração Fui me encantar por um sorriso Me permitir sentir falta dele Sentir esse querer de ver e estar junto Ah, doce fraqueza do bem querer Nada pode machucar, guardado esta É paixão, é saber, é um gostar Acima de tudo que se quer É estar perto, tocar, sentir A presença que preenche E tudo é completo Toda luz espanta sombras Tento entender, saber Tão tolo e tão bom Criança sorrindo sem querer O que faço agora, diga-me vida Um viver dependendo de outro viver Um necessitar de tocar, sentir a pele E então vou sorrir Em todos os dias amar Mesmo que a vida irônica que é Me tire meu bem querer O que faço agora, eu sei Vou amar Amar

TARDE DEMAIS...ESQUECER VOCÊ

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  Se amei tanto assim De silêncios hoje me inspiro De ausências que tantas e tantas foram Partiram um dia assim No fim da última noite O gosto, ainda um gosto Um beijo, ainda a sensação boa Que se esvai Pouco se vai, sai devagar Esse Gosto gostoso de ti Ainda vivente, pulsar latente Essa nascente de límpida água quente Um rio a caminhar silencioso Um peito a se acalmar Um olhar a se fechar Um vento frio na noite Cortinas de um show a se encerrar Fechar em mim Eu, sou quieto e tão pequeno agora É tarde Demais Viver agora sem ter Sem a chama que arde Sem o perfume que parte Sem o alimento que sacia Tua presença Ausência agora constante Só uma face que se esvai Se amei tanto assim De silêncios hoje me inspiro É tarde demais Para te esquecer Agora

SONHO VEM SONHAR

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  já escureceu anoiteceu agora se adormeço então vem agora, chega sonho vem sonhar em mim invade e domina traz ela de novo aqui eu te vejo sorrindo eu te sonho tão perto eu te toco assim suavemente e volto lá quantos anos se foram??? não sei lembrar vem agora, fica aqui sonho vem viver em mim invade e consola sois sonho esperado eu te ouço agora tua voz me chama eu te respondo mas não ouve mas se não me vê só vai, se oculta de mim  na neblina que se fecha sei que vai voltar é só sonhar o sonho serão quantos anos então??? vem agora, more aqui sonho vem trazer fica aqui eu já anoiteci há tanto tempo não quero acordar, agora não se ao sonhar, tua presença eu vivo...

VOLTAR A SER FELIZ

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  Pela estrada olhando horizontes de fim de tarde Luzes piscando ao longe, lá além de tudo que posso ver Teu rosto na janela, um último olhar eu vi Tua imagem indo embora, não está mais lá Flores dobrando-se ao vento da tarde que parte A sombra vem, chega de mansinho e escurece Longa estrada pela noite adentro, viagem sem volta essa de esquecer Seu rosto lá atrás, se desfazendo aos poucos O gosto do beijo já indo embora Eu fui partir, tinha que ir, não era fugir, era só ir Já vejo as noites em claro, o amargor de outros sabores Da busca louca noite por noite pela sua boca Sabendo que este gosto já não mais teria Sentiria, viveria, quando a luz vai a sombra cresce Mas, o dia de amanhã vai nascer, é certo, é fato Um dia volto a viajar, pelas estradas retornar Vou buscar o que não podia ter perdido Saber que não podia ter ido Quando se encontra o que buscar não busca Acha o que traz a dor que não queria ter E dói sentir falta, querer ter, não poder

SONETO DE AMAR

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  É tudo tão rápido Segundos, as vezes minutos, tão depressa E já passou O que foi dito, foi por segundos sentido Nada faz mudar, apagar, podendo ser eterno Só um toque, um roçar, um contato E um sorriso nasce A expectativa, a ansiedade, esperando alguém Quando se olha, está lá Chegou Coração não acredita Tenta conter, paralisar, reter Emoldurar a sensação Em imagem eterna Momento além de tempos É tão fugaz O amar Um beijo e tudo se faz Um toque das mãos E tudo é perfeito Há tantos sorrisos, coisas assim Mas um só traz a luz A uma face em sombras A perfeição seria Amar sem temer perder Se entregar sem temer traição Confiar tanto Que só haveria vida Em amar...

CONFISSÃO (TE AMAR DE NOVO)...

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  Confesso... Sei que fui tão ausente, estando presente... Que um colo assim vazio evitei de compartilhar Que o amor dado, era de fato tão pouco de se sentir A alma não sossega, o peito não silencia, essa falta que faz Há de vir uma certeza navegante neste porto pousar Sendo bem vinda esta luz para afugentar essas sombras Sei que fui pequeno, triste arrogante em se agigantar Que um abraço neguei querendo tão forte abraçar Que orgulho besta teimei sim em ostentar O que estava perto agora tão longe, já não vejo E sei que desejo um dia reencontrar E penso tanto nesse rosto que já não vejo mais Meu sorriso que é só metade, pedaço de alegrias perdidas Meu coração fragmentado, Venho juntando pedaço em pedaço Um dia desses inteiro de novo me verei enfim E vou pagar esse justo preço de tanto fugir de mim E o que antes dizia eu dizia ser fim Será começo, recomeço e quem sabe redenção Ainda tenho espaço nesse coração Tanto que há de transbordar Tanta e

TIMIDEZ

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  Timidez É tão difícil falar, se expressar Se fazer conhecer, entender e se aceitar Queria pois fazer-me em palavras escritas O corpo, a alma, as emoções, os sentimentos Os sonhos, as vontades e os desejos Na metamorfose das palavras de um extenso e muito lido livro Transformando enfim em algo que descoberto seria algum dia E pelos tempos viveria Até que enfim num velho livro se tornaria Sem mais páginas a escrever Então enfim viveria Na biblioteca das existências   Para todo um longo tempo estar lá E enfim desfazer-se em pó E minha mensagem assim se espalharia   Libertando-a de todo silêncio de agora Para que sendo palavras escritas a todos pertenceria Manual para uma vida que seria vivida Então se ousasse querer falar Quando e mesmo assim não há quem pudesse ouvir Leriam o que não foi dito nos silêncios Sentiriam o que não foi dito que sentia Essa timidez cala a voz e esconde toda beleza De existir em luz e não saber se expressar Um

HÁ COISAS...

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  há coisas que me levam aonde não quero ir lá existe dor existe saudade lá...eu sei  vou chorar Verei rostos, ouvirei vozes, sentirei perfumes Mas... Não poderei tocar nada e nem ninguém Há um veu... Que a tudo cobre E não posso passar... coisas que se ocultam de mim se afastam ha canções que me fazem viajar  tão longe que lá me vejo em lugares não mais existentes tais momentos que foram vividos e tudo sinto e nada posso ter de novo vejo um alguém muito jovem em seu primeiro beijo... inesquecivel momento um sabor sem explicar coisa de sentir... o primeiro frio inexplicavel a primeira saudade... se formando em inocencia ha coisas assim que me fazem voltar lá e quero ficar por que partir assim? envelhecer ter que esquecer há coisas que me prendem onde queria estar onde não havia dor de fato tenho certeza tudo passa nós não passamos nós ficamos lá...

UM COMEÇO, UM MEIO E FIM

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  O que dizer quando as palavras não falam O que sentir quando de tanto sentir frio o coração se cala Quando choraram por mim, cada lágrima punhal e dor Quando chorei por tantos, tristeza e punição tão justa Eu sabia, não mais aquelas mãos eu tocaria Toda voz lembrada, só lembranças e certezas Certezas de toda ausência, a ansiar toda a presença Querer estar com alguém além da vida que partia O silêncio que então nasceria das noites frias O Frágil calor de um abraço que não aqueceria mais Entender sem aceitar que tudo tem fim Revoltar-se, gritar, ferir quem não pediu pela dor Espalhar mágoas e feridas alheias  Como quem planta ervas daninhas em desertos  Esquecendo  Que cada lágrima roubada é lágrima que um dia provará  De olhos que já não creem poder mais chorar  E tudo um dia grito agora é silêncio  E tudo um dia uma presença agora é saudade  E tudo que era vontade agora é conformidade  E tanto do amor sentido está agora esquecido  Sabendo ass

SEMPRE SOUBE

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  Sempre soube Que um dia o silêncio nasceria de um ultimo sorriso Que não mais se diria o que se sente de verdade Que o muito já não seria tanto e tão pouco valeria Que o pouco que tanto valia já não existia mais E o dia se faria mais escuro e longo de viver E a chuva cairia forte e tão silenciosa Varrendo do rosto Lágrimas e dores Sempre soube Que em alguma vindoura manhã Aquela tristeza tinha feito moradia Que não podia reter a saudade que invadia Impedir os olhos de se molharem Trazer para perto o que se amava Que buscaria nos ventos o que não se pode tocar Que toda promessa era vazia e toda ameaça era vã Sabendo que todo beijo poderia ser o ultimo Sempre esperei Que quando essa dor chegasse Valeria a pena toda redenção pelas noites frias Que nasceria um calor que viria amparar A ausência dos anos jovens A incompreensão pelos amores perdidos O não entender do desamor da própria carne Sempre soube Que um dia as flores iriam morrer Que todo jardim se faria deserto Mas, não estava pro

LAR

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Lar Todos os dias eu busco Onde está minha casa? Eu quero voltar pra lá Quando por única vez senti-me em lugar meu Não me contaram que as coisas passam Que os lugares se vão Disseram coisas assim Que viajar é preciso, sair por ai, conhecer Mas os lugares onde feliz adormeci No passado e nas saudades ficaram? Algum dia tive um lugar só meu? Algum dia pertenci a algum lugar? E todos que foram vindo não são nem um só Em todos estive, eu não vivi, sobrevivi Existir bastava, mudar ansiava, sonhava Viver não, tinha esquecido em ser e estar Onde está minha casa? Eu só quero voltar pra lá Quando o orgulho de um teto e do chão seu A doce ilusão que tudo era meu Iludiam um jovem que sonhava Lar É onde está o coração? Onde está uma paz, um descanso? Amigos, parentes, amores? Talvez tudo, talvez nada Eu só quero voltar pra lá Todo lugar que achava Que era só meu...

DESAMAR

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De tanto amar   Viver não vive   Não aprende mais Desaprender   Sozinho estar Saber   Seria verdade então   Que eras a metade   Agora só estou   Incompleto sou   Como viver assim   Ansiando te ver Rever   Tendo   Que aprender   A não te querer   Quem ensinara então   Essa dura lição   Convencer um coração   Que foi tudo ilusão   Ele sorri   Um inocente sorrir   Quando teus olhos   Por aqui Hão de vir   De tanto amar   Nunca aprendi   Desamar

FAZER VALER AMAR DE NOVO

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  Não, não existe mais amor em mim O que resta eu não sei o que é O que ficou aqui, não sei dizer Nenhum sentimento eu creio ser de fato,    Não é coisa inteira, não é vida, nada é É a ilusão de que alguma coisa ainda se sente A fantasia de que as emoções existem de fato Elas não voltam mais, se quando feridas Viver mais não podem Não há lugar para sentir de novo Não existe saída para fugir Tudo só aqui teima em viver em mim O segredo das coisas minhas Que não ouso dizer em alta voz Que guardo como segredo e tesouro Lá dentro, vive na escuridão minha solidão Ruínas de um tempo antigo, um passado inteiro Restos incertos, sorrisos, lágrimas e dores Tanto sabores, tantos odores, tudo em vão? Vastas planícies habitadas por arrependimentos e perdas. Velhos e escuros castelos habitados por fantasmas Se ainda vive algum sentimento aqui que se apresente então Que me faça querer e desejar, esperar e ter saudade Se ainda bate um coração, pensa uma me

SISTEMA

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Andai homem desses dias num viver adormecido e manipulado vagai entre a sanidade e a loucura, sem tampouco em só lugar ficar, insone como o dormir do que está acordado vendo pontes e campos, trevas e escuridão, flores e vermes, duvida e certeza hoje assim, agora é, amanhã não há, pois é outro dia não o ser que voa mas o que rasteja, não o que sorri mas o que chora, não sepulto mas caminhante. Se na praia ondas morrem, onde o vento se vê tempestade, grita em silêncio a boca amordaçada goteja o sangue do guerreiro abatido em verdes  esquecidos campos apodrecendo em sóis frios sonho real de pesadelo continuo em ciclos de lucidez e abstração, o que se toca não há, o que se vê não está lá, um sentido que sabe ser pedaço de uma sensação maior nascer, crescer, virar pó, fantoche de cordas invisiveis metal, amado metal, idolatrado metal, mortal metal amor, circunstancia e hormonios, necessidades da solidão a femea escolhendo um macho, cópula, vida e sobrevivência instinto e prisão, formar grup

PARA VOCÊ...

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  A você Que foges Do que te pode ferir Do que lhe trará magoas Lembrai O alivio só vem se há dor A calmaria chegara Só depois da tempestade A cura acontece Onde existe a enfermidade A cada manhã é certo Um novo sol sempre nasce Suas dores, Seus medos Não irão evitar que a vida siga. A você Que se esconde tanto em si Teimando um pleno existir Esquecendo que viver É fruto maduro e colhido De sementes plantadas De riscos aceitos De coragens desafiadas A vida É a arte da tentativa Não a covardia da fuga É fruto da toda luta E não um acaso qualquer... Rubens Garcia Poeta 2023

É CERTO QUE TUDO SE VAI...

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  Restos solitários de nuvens vagueiam nos escuros céus azuis do crepúsculo As mãos frias, vítimas de ventos e ansiedades, um olhar disperso e nublado Você se recusa a chorar, a sentir, a provar do néctar confuso que é existir Quando tudo parte, quando rostos se vão e nomes são esquecidos Se completas os espaços agora vazios com lembranças do que não aconteceu As velhas coisas estão lá, no fundo de lugares não mais alcançáveis pela memória Não libertamos o que quer voar, retendo nas mãos o que não quer ficar Frágeis e dependentes, condicionados a amar, se apegar e se perder no caminho Feliz da ave que vê sua cria voar, assiste com medo e orgulho o voo de quem não volta mais A dor seca, única, rápida e silenciosa criando-se imediatas cicatrizes O sol se pôs mais uma vez, quantas vezes foram? Ainda é belo? Um pôr do sol ainda fascina? E na noite quando enfim os olhos querem se fechar, cansados de ver luz, buscando escuridão Momentos vividos retornam, de esquecidos

ALIVIO

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  O som veio Era onda, vento e horizonte Na areia Passos e conchas Na distancia Tempestade e escuro céu Sol tímido, além das nuvens, oculto Arrepio Brisa traiçoeira Destinos Desencontros Desapego Tudo solidão, toda desatenção Se não amor, libertação Chance de recomeçar Não se perde O que nenhuma posse se teve Tarde finda Dourada despedida vai Noite Açoite Assim ser só Um só Toda chuva é pranto Vivendo só Adormecer é alivio Viver é pesar Rubens Garcia Poeta 2023