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Mostrando postagens de agosto, 2023

TIMIDEZ

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  Timidez É tão difícil falar, se expressar Se fazer conhecer, entender e se aceitar Queria pois fazer-me em palavras escritas O corpo, a alma, as emoções, os sentimentos Os sonhos, as vontades e os desejos Na metamorfose das palavras de um extenso e muito lido livro Transformando enfim em algo que descoberto seria algum dia E pelos tempos viveria Até que enfim num velho livro se tornaria Sem mais páginas a escrever Então enfim viveria Na biblioteca das existências   Para todo um longo tempo estar lá E enfim desfazer-se em pó E minha mensagem assim se espalharia   Libertando-a de todo silêncio de agora Para que sendo palavras escritas a todos pertenceria Manual para uma vida que seria vivida Então se ousasse querer falar Quando e mesmo assim não há quem pudesse ouvir Leriam o que não foi dito nos silêncios Sentiriam o que não foi dito que sentia Essa timidez cala a voz e esconde toda beleza De existir em luz e não saber se expressar Um

HÁ COISAS...

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  há coisas que me levam aonde não quero ir lá existe dor existe saudade lá...eu sei  vou chorar Verei rostos, ouvirei vozes, sentirei perfumes Mas... Não poderei tocar nada e nem ninguém Há um veu... Que a tudo cobre E não posso passar... coisas que se ocultam de mim se afastam ha canções que me fazem viajar  tão longe que lá me vejo em lugares não mais existentes tais momentos que foram vividos e tudo sinto e nada posso ter de novo vejo um alguém muito jovem em seu primeiro beijo... inesquecivel momento um sabor sem explicar coisa de sentir... o primeiro frio inexplicavel a primeira saudade... se formando em inocencia ha coisas assim que me fazem voltar lá e quero ficar por que partir assim? envelhecer ter que esquecer há coisas que me prendem onde queria estar onde não havia dor de fato tenho certeza tudo passa nós não passamos nós ficamos lá...

UM COMEÇO, UM MEIO E FIM

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  O que dizer quando as palavras não falam O que sentir quando de tanto sentir frio o coração se cala Quando choraram por mim, cada lágrima punhal e dor Quando chorei por tantos, tristeza e punição tão justa Eu sabia, não mais aquelas mãos eu tocaria Toda voz lembrada, só lembranças e certezas Certezas de toda ausência, a ansiar toda a presença Querer estar com alguém além da vida que partia O silêncio que então nasceria das noites frias O Frágil calor de um abraço que não aqueceria mais Entender sem aceitar que tudo tem fim Revoltar-se, gritar, ferir quem não pediu pela dor Espalhar mágoas e feridas alheias  Como quem planta ervas daninhas em desertos  Esquecendo  Que cada lágrima roubada é lágrima que um dia provará  De olhos que já não creem poder mais chorar  E tudo um dia grito agora é silêncio  E tudo um dia uma presença agora é saudade  E tudo que era vontade agora é conformidade  E tanto do amor sentido está agora esquecido  Sabendo ass

SEMPRE SOUBE

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  Sempre soube Que um dia o silêncio nasceria de um ultimo sorriso Que não mais se diria o que se sente de verdade Que o muito já não seria tanto e tão pouco valeria Que o pouco que tanto valia já não existia mais E o dia se faria mais escuro e longo de viver E a chuva cairia forte e tão silenciosa Varrendo do rosto Lágrimas e dores Sempre soube Que em alguma vindoura manhã Aquela tristeza tinha feito moradia Que não podia reter a saudade que invadia Impedir os olhos de se molharem Trazer para perto o que se amava Que buscaria nos ventos o que não se pode tocar Que toda promessa era vazia e toda ameaça era vã Sabendo que todo beijo poderia ser o ultimo Sempre esperei Que quando essa dor chegasse Valeria a pena toda redenção pelas noites frias Que nasceria um calor que viria amparar A ausência dos anos jovens A incompreensão pelos amores perdidos O não entender do desamor da própria carne Sempre soube Que um dia as flores iriam morrer Que todo jardim se faria deserto Mas, não estava pro

LAR

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Lar Todos os dias eu busco Onde está minha casa? Eu quero voltar pra lá Quando por única vez senti-me em lugar meu Não me contaram que as coisas passam Que os lugares se vão Disseram coisas assim Que viajar é preciso, sair por ai, conhecer Mas os lugares onde feliz adormeci No passado e nas saudades ficaram? Algum dia tive um lugar só meu? Algum dia pertenci a algum lugar? E todos que foram vindo não são nem um só Em todos estive, eu não vivi, sobrevivi Existir bastava, mudar ansiava, sonhava Viver não, tinha esquecido em ser e estar Onde está minha casa? Eu só quero voltar pra lá Quando o orgulho de um teto e do chão seu A doce ilusão que tudo era meu Iludiam um jovem que sonhava Lar É onde está o coração? Onde está uma paz, um descanso? Amigos, parentes, amores? Talvez tudo, talvez nada Eu só quero voltar pra lá Todo lugar que achava Que era só meu...

DESAMAR

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De tanto amar   Viver não vive   Não aprende mais Desaprender   Sozinho estar Saber   Seria verdade então   Que eras a metade   Agora só estou   Incompleto sou   Como viver assim   Ansiando te ver Rever   Tendo   Que aprender   A não te querer   Quem ensinara então   Essa dura lição   Convencer um coração   Que foi tudo ilusão   Ele sorri   Um inocente sorrir   Quando teus olhos   Por aqui Hão de vir   De tanto amar   Nunca aprendi   Desamar

FAZER VALER AMAR DE NOVO

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  Não, não existe mais amor em mim O que resta eu não sei o que é O que ficou aqui, não sei dizer Nenhum sentimento eu creio ser de fato,    Não é coisa inteira, não é vida, nada é É a ilusão de que alguma coisa ainda se sente A fantasia de que as emoções existem de fato Elas não voltam mais, se quando feridas Viver mais não podem Não há lugar para sentir de novo Não existe saída para fugir Tudo só aqui teima em viver em mim O segredo das coisas minhas Que não ouso dizer em alta voz Que guardo como segredo e tesouro Lá dentro, vive na escuridão minha solidão Ruínas de um tempo antigo, um passado inteiro Restos incertos, sorrisos, lágrimas e dores Tanto sabores, tantos odores, tudo em vão? Vastas planícies habitadas por arrependimentos e perdas. Velhos e escuros castelos habitados por fantasmas Se ainda vive algum sentimento aqui que se apresente então Que me faça querer e desejar, esperar e ter saudade Se ainda bate um coração, pensa uma me

SISTEMA

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Andai homem desses dias num viver adormecido e manipulado vagai entre a sanidade e a loucura, sem tampouco em só lugar ficar, insone como o dormir do que está acordado vendo pontes e campos, trevas e escuridão, flores e vermes, duvida e certeza hoje assim, agora é, amanhã não há, pois é outro dia não o ser que voa mas o que rasteja, não o que sorri mas o que chora, não sepulto mas caminhante. Se na praia ondas morrem, onde o vento se vê tempestade, grita em silêncio a boca amordaçada goteja o sangue do guerreiro abatido em verdes  esquecidos campos apodrecendo em sóis frios sonho real de pesadelo continuo em ciclos de lucidez e abstração, o que se toca não há, o que se vê não está lá, um sentido que sabe ser pedaço de uma sensação maior nascer, crescer, virar pó, fantoche de cordas invisiveis metal, amado metal, idolatrado metal, mortal metal amor, circunstancia e hormonios, necessidades da solidão a femea escolhendo um macho, cópula, vida e sobrevivência instinto e prisão, formar grup