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TEATRO

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  Um dia, um diário, dos dias que vividos são Com lágrimas, sangue e dores será escrito Nas páginas do livro da sobrevivência O que devia ser escrito ali, nas páginas dos dias já vividos? As intermináveis rotinas que aprisionam As surpresas que não surpreendem Os começos, os meios e os fins E quando nada se crê poder falar de novo E quando tudo é resignado silêncio O que resta para se dizer na noite vazia Quando repousa a mente cansada de se conformar No escuro quarto de sua própria solidão O que falara o silêncio em sua quietude complacente O que diz o vento que sereno acaricia um rosto em pranto Tudo se ouviria, se soubesse escutar, tanto mais entender Diz de tudo falar, a tudo responder, a tudo representar Uma doce mentira que ilude, uma verdade que agoniza em si Querendo apaziguar o desassossego da luta nas mentes jovens Mas, o vazio deseja a ser preenchido pelo existir Para sentir-se cheio e ter consistência De algo solido e real necessita, precisa de sua farsa Como a fé precisa d