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Mostrando postagens de agosto, 2021

SE POR MIM CHORASSEM...

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 Se por mim chorassem Suas lágrimas bem vindas seriam Inundariam um seco coração Que a vida fez amargo Que a esperança tornou desconfiado Que os sonhos fizeram se calar Se por mim fizessem silêncio Eu tambem me calaria Oraria Pelo que perdi Pelo que perdemos Aqueles que não mais tocamos As vozes que não mais ouvimos A face que não mais beijamos As mão que não mais seguramos O abraço que não mais aquece O afago que já não pode confortar A saudade que agora é eterna Que já não mais se satisfaz Mas que trás doces lembranças Que nas noites se anuncia Quando a lua se ausenta E a chuva fina cai Como frageis lagrimas Pelos que partiram Antes de nós Levando consigo Um pedaço do pouco de nós que restou Que um dia encontraremos...

FRAGIL GUERREIRO - DESAMOR

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Quão importante é de tudo esquecer Guardar fundo o que na superfície das atitudes é flagrante Que o sorriso é incerto mas é vindo das alegrias Quando das saudades vem o gosto da vontade De reviver o que foi vivido Quão importante fingir força e desinteresse Se tremem as mãos, se cavalga o bater do peito  e fraca a respiração se torna Oh, tolo poder que nada comanda, querer desamar Dizer-se guerreiro invencível e  intocável Esvanecer de saudades Não conter a lágrima que dos olhos se liberta O grito que da prisão das bocas sai E no silêncio da noite sem lua Na rua, na cama que encerra a verdade crua Arder de vontade de ansiar de novo e sentir O doce gosto de ser esperado Ser procurado entre tantos que por ai vagam sós Ser único para alguém Completar o que falta em um coração que busca Ser parte de um todo Que nasceu pra ti Triste daquele que se diz vazio Que espalha o orgulho doentio de sua solidão E no vento frio das noites antigas Vaga sozinho contendo seus prantos Gargalha a estupidez

A VERDADE DE CADA UM

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                                  Que tolo vicio esse nosso de buscar amor dentro das dores Buscar alivio pelo arrependimento, Acovardar-se perante a injustiças Querer sair das tempestades salvo por mãos invisíveis de fé cega Culpar a tudo e a todos menos a nós mesmos por nossas agruras Revoltar-se com o amargor de frutos colhidos em semeaduras de estupidez Que idiotice aceitar que poucos tenham muito e muitos não tenham nada Idolatrar os que muito tem, ficar de joelhos e comer suas sobras Que tola ilusão nossa buscar respostas no vazio de mensagens  cínicas Nossos corações agora tão isolados, vivendo sensações frias e virtuais Acreditado em amores e amizades de vazias redes sociais Onde todos vestem a mascara da felicidade enquanto seus corações endurecem Vidas de aparência, felicidade de fachada, belezas simuladas Admitir dói, aceitar machuca, antes a falsa calma de uma mentira simulada Que a verdade tirana.  O tocar a pele, tocar nas mãos, sentir o respirar, simplesmente abraçar É v

NÃO FAÇA SILÊNCIO

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Não faça silêncio Diga alguma coisa. qualquer coisa Apenas fale, não guarde nada em ti Não se cale, é melhor libertar o que incomoda,  Não adiar o que é impossível conter Há uma tempestade que já dura muitos anos Feita de silêncios guardados e sentimentos contidos Há uma imagem  Um ceu estrelado antigo e cheio de saudades Há chuvas, há escuridão, as vezes o sol brilha  É tímido e quente, dura pouco O instante de um sorriso Ou a eternidade de uma lágrima Mas, há o vento, ele é forte, vem de todos os lados Movendo as areias do tempo vivido Abrindo baus esquecidos em cantos escuros Revelando faces, sorrisos, promessas Coisas que o tempo matou Assassinou cruelmente com suas armadilhas de decepção Um vento noturno e frio Apagando pegadas de tantas caminhadas Derrubando defesas, tentativas inúteis em se guardar Não me leve agora daqui Me deixa aqui, entre os que vivem iludidos Quero falar-lhes dos segredos vistos que uma solidão esconde Contar do que em viver descobri Que algo se oculta dos

INTELIGÊNCIA

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 Um dia Acreditei que as pessoas valiam a pena Eu estava errado, este amor incondicional e equivocado Uma tola criança, acreditava nos heróis dos livros escolares De uma história vazia escrita em sangue e sacrifício Vidas de inocentes perdidas em nome de nações decadentes Um dia Acreditei que a alma não tinha um preço e sagrada era Como estava enganado nesta crença de corações puros e bons Descobrindo que a verdade dói e o silêncio garante a vida Que um governante é só o reflexo no espelho dos governados E os olhos de ver tudo querem cegar-se para não chorar sangue Neste dia Decidi não erguer bandeiras e nem defender ideais Removi de mim toda fraqueza vinda das uniões das diferenças Rompendo as correntes do consumismo que escraviza Vomitando o nojo pela ostentação material Essa triste doença de ser melhor, mais belo, mais rico, mais podre Quanto maiores as posses Menores são os valores da dignidade Quanto maior o sucesso é, menor é a alma que lhe habita Humildade e riqueza não caminham

DEPOIS DE TI

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 Depois de ti Sou metade de um todo Eu que era inteiro, agora pedaços Sei que Tão pouco de ti ficou Mas, o bastante pra doer assim Eu Que fiz morada de ti em meu peito Tua casa em mim Minha voz que só sabia teu nome Meu amanhecer mais feliz Meu sorriso tão presente e belo Fazendo falta e agora ausente Em meu rosto festa fazia Era só você chegar Dizer que vinha A lua mais brilhante eu via Um ceu de brilhos e estrelas Quando veio enfim escurecer Depois de ti A noite chegou Não houve mais sonho Lembranças que agora amargam O doce de outros beijos Teu coração não está em outro lugar Por mais que busque o seu bater Sei que agora A vida é Depois de ti Teimo em viver...