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IDENTIDADE

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  Prefiro não andar pelos caminhos que outros andam Cantar as canções que todas as vozes entoam Quero seguir pela estrada minha Que é só minha e foi traçada enfim por mim Pela escolha de meu livre coração Não ser mais um, ter identidade, ter lealdade Pelo que creio, afirmo e acredito Confiar em mim, não ouvir as vozes que condenam As correntes que me querem aprisionar Ter um número, ser mais um, na triste fila dos escravos Dos criados para servir, nutrir a fome dos egoístas Ser estatística no frio discurso dos poderosos Não sou mais um, eu me rebelo, rompo o compromisso Desfaço acordos, ignoro promessas, gargalho das obrigações Prefiro não seguir as coisas traçadas, combinadas, doentes e manipuladas Não vou ser mais um, a aplaudir tolices, ser moda e medíocre Usar as vestes dos iludidos, a vestimenta dos enganados Ser fantoche aos que criam a dor para vender o alivio Ser cobaia aos que criam doenças pra oferecer a cura Um espirito livre, asas que v

SOLIDÃO

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  Solidão Consumindo todo resquício de um difícil sorriso Câncer mortal que terminal suga esperanças Derruba crenças De novos dias E este encabulado silencio que se faz Como se curasse Se a escolha é calar Virar os olhos a toda felicidade Que outros ousam ostentar Sem tampouco vivenciar As farsas alheias da verdade ocultada Solidão Se tanto um dia veio se acomodar Entre vozes, os que vem e que vão Fingindo direção No eterno ciclo de vidas vazias Aquele que chora até sente inveja Querendo estar No lugar de tantos Quando enfim se entedia E não se importa Se não há mais porta Por onde entrar Solidão Decisão e consequência Sem se arrepender jamais De sozinho viver

FIQUE LONGE DE MIM

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Só fique longe de mim Respeito nesse meu despeito de ter sido deixado só Estava doente, dependente, de mim ausente Quando na mais sofrida das noites, embriagado de desejo Lagrimas se misturando ao que escolhi beber Só para entender que não era pra esquecer Era pra entender, perceber enfim Que da última dor sentida nasceria o fim Quando o amor por si mesmo acordaria Nessa humilhação que se vivia Dizendo, repetindo em vão, um nome, um só Em noites teimosas em findar Só fique longe de mim Respeito por esse querer maior de não ouvir mais tua voz Sentir as amarras dessa obsessão rompidas nesta decisão De não mais te amar Se é escolha minha ou não, importa não Não vou lutar com um querer, perder perderia Mas essa paixão adoeceu Virou amor certo pela pessoa errada E sendo assim Na tua presença só será saudade Você sempre existira sim, numa lembrança enfim Até que o tempo venha isso consumir Me fazer sorrir, outro coração buscar Um novo morar,

QUANDO AINDA É CEDO

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  Quando ainda é cedo Devemos lutar para sermos felizes Enquanto a inocência ainda vive em nós, Pois com os anos nossos sentimentos adoecem E nosso coração torna-se arredio, desconfiado Tudo se faz tarde demais, parece o fim Quando acreditamos saber tudo O domínio de nós que nunca tivemos Mas tudo renasce Toda semente floresce Tudo se inicia, reinicia De tudo que volta O algo que nunca foi Não partiu de verdade Quando ainda é cedo Novos dias, novas chances Recomeços Ainda é cedo Para crer em envelhecer Ele só vence Quando se desiste de lutar A beleza que se esvai Coração que é eterno Fica

SONETO

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  Nasci Quando te vi Que responsabilidade Criar-me sem odiar-te Por não querer-me Num conviver Amigos? Sei lá Talvez sim Se esse querer Adoeça Esmoreça E Enfim Se cale E nascido Não morrera O que Plantado foi Lá no fundo Do coração menino Sigo indo Que lindo Se apaixonar Até a noite Se acabar Ao adormecer Sonhar E De novo nascer

BEM VINDA...

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Bem vinda de volta ao meu coração Nas noites mais loucas esperei Nas bocas mais febris busquei Trançando pernas, buscando enlouquecer Para descobrir Uma forma perfeita de esquecer A imperfeita esperança nula Bem vinda O caos se ajeitou Os ventos se acalmaram Não há tempestades Não mais ventanias Todos os dias há de um sol nascer Mesmo que oculto em irônicas nuvens Que tentarão dizer não Mas de tanto negar Hão de se calar em luz É só você chegar Pois bem vinda de volta És nesta vida a vida Que fez-se temida morte Quando fostes embora de mim Pela porta que já não há mais No teu colo Meu último despertar Na infinita certeza Sempre vou te amar

AMAR

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  Fale então O que faço agora, diga-me coração Fui me encantar por um sorriso Me permitir sentir falta dele Sentir esse querer de ver e estar junto Ah, doce fraqueza do bem querer Nada pode machucar, guardado esta É paixão, é saber, é um gostar Acima de tudo que se quer É estar perto, tocar, sentir A presença que preenche E tudo é completo Toda luz espanta sombras Tento entender, saber Tão tolo e tão bom Criança sorrindo sem querer O que faço agora, diga-me vida Um viver dependendo de outro viver Um necessitar de tocar, sentir a pele E então vou sorrir Em todos os dias amar Mesmo que a vida irônica que é Me tire meu bem querer O que faço agora, eu sei Vou amar Amar