TENHO MEDO...


Tenho medo
Que esta lagrima oculta no canto dos olhos
Um dia cansada de calada existir
Antes Prisioneira destas imbecis defesas de um infeliz
Venha me delatar em um grito calado na noite escura de um bar
Um copo de cerveja tomado a mais
Nossas verdades impossíveis de se ocultar, ficaremos sinceros
A nudez flagrante de nossos gestos nervosos evidentes
O beijo tremulo na face querendo ficar prisioneiro ao tocar
Pousar nestes lábios, borboleta sugando o néctar da flor
Tenho medo
Que minha face fechada não possa conter um sorriso feliz
Ao te notar, teu cheiro no ar, puder exalar um perfume sincero
Tão próxima, presente, um dia nasce com o sol mesmo oculto em nuvens
Das minhas mãos ansiosas em tocar o que só me permito olhar
Um coração acelerado, mistério desvendado, nada há pra ocultar
Tenho medo do não quando incerto se faz, inseguro ele é
Sera que ele vira? Sempre vem quando o medo é maior que o desejo
O poder de uma dor eu puder evitar, te ferir
Em meus braços dormir
Em teus sonhos pousar, um beija flor
Te mostraria que a dor se vencida, pode ate renascer e ser flor
Ah dor, se acaso podes ouvir um lamento do vento
De-nos uma chance de tentar, pelo menos falar
Sermos alem do que nossa imagem em águas refletida quer demostrar
Essa triste ausência nunca mais sentida se a noite partir
Ergue os olhos ao dia que nasce brilhante querendo chegar
Lagrima oculta que parte, na face se perde, ao sol inclemente, secar
Nos queremos, de humildes pedimos
Em silencio
Amar...

© Rubens Garcia 2017

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